Meu amado vô.

Ele estava indo embora pela porta,como fazia em todos os domingos quando vinha assistir o jogo de futebol pela televisão conosco.Não sei o que tinha no olhar que eu não queria que ele fosse,talvez eu estivesse um pouco consciente sabendo que aquilo era sonho,não sei.Mas eu disse:
-O senhor não pode ir embora!Fique mais um pouco.Gosto muito de você!
-Eu preciso ir sim.
Em seguida,dei um abraço e disse a ele.
-Eu te amo.
-Viajem muito.Voem bastante,se puderem.
E passou pela porta com aquele caráter inquieto pelo qual temos a certeza de que se trata dele.
Quando eu acordei,lembrei dele e que tinha ido embora pra sempre pela nossa porta, no domingo.

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