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Mostrando postagens de maio, 2016

Ocaso da janela

Desvencilhar-me da personalidade tão colada à pele era o que desejaram ontem à luz de um poente sugando-me pelos vidros da janela ao passo que os pés prendiam-se às ferraduras do chão. Chaves de fenda do moralismo prendem o corpo a esse recinto renomado do branco e preto, fixam minhas peculiaridades às quinas mais frágeis da subconsciência. Consciência? Não sei, os martelos revelam sua extensa funcionalidade ao soquearem os desejos impulsivos fora da curva que vêm à tona. Afinal, o que diabos é manter-se sob as linearidades do adequado num tumulto de finitos e indecências? Prendo-me num planeta milimetricamente redondo, como pregado durante a infância. Redondo, com calculada porcentagem de água e terra. Indiscutível. Arriscar tanger a zona alheia ao sistemático e a essa porção de mundo incontestável paradoxalmente põe-me em desprazer. Medo, erro... Infração? O gravíssimo delito de sujar as roupas com tintas do ócio vão.   De volta para a casa a ensaboar os tecidos imundos, cid