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Mostrando postagens de janeiro, 2011

indescritível

Morte penetrou na minha cabeça em algum dia.Depois disso,minhas escolhas pareceram únicas e sem volta.Comecei a enxergar a vida como uma carta sendo escrita à caneta.Deixei de distinguir a perda de tempo com o recarregamento de energia da alma.Tento não pensar muito no que é o mundo,porque quando o faço,sinto-me enclausurada e o destino de uma então fuga continuaria sendo o presídio da vida.Sinto falta de ar ao tentar descrever o irracional do sentimento.Às vezes,cai uma lágrima de um olho e fico com pena de mim,fico com pena de eu estar aqui subordinada à imensidão.Logo mais,chega o cego disposto.Chega a moça da rua e meu choro começa a parecer ser nobre,bastante caro.Parece vir da minha inconsciência admiradora de prantos. Quando entro em casa,vou até o espelho e olho para a imagem dos meus olhos.Olho para a minha expressão muda.Parece que pelos olhos vejo a alma que ocupa o corpo.Estranha sensação de separação do cerne e do físico.Sensação de chegada em uma fronteira inacessível. O