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Mostrando postagens de novembro, 2011

vendedora de frutas

O barulho já se tornou o silêncio da nossa hora mais calma. Tornou-se o som de gotas de água à meia noite. Todos falando ao mesmo tempo e cada vez mais alto. Basta que um chegue e diga belas palavras substituindo o zumbido para que o aplaudam. Não cansa de tudo isso, meu bem? Não cansa de achar a beleza somente no belo? Tanta hipocrisia feita de brindes com copos de vinho tinto. Vou te contar: empurraram-me até aqui e confesso que não reagi. É certo que ninguém mais me empurra. É certo que estou só com a corda e minhas próprias mãos porém diga-me, bem: como hei de voltar todo esse percurso sozinha? Como hei de achar o ponto exato de onde quero partir? Há tantos que iriam me caracterizar por maus nomes, que iriam achar outros olhos para se dirigirem a mim. Não todos mas muitos. Ainda há aqueles que me dizem para não pensar nos tantos mas dependo destes para ser feliz, compreende?Dependo desse barulho da cidade. Dependo da saia preta e da meia fina. Dependo dos meu cabelos inteirame