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Mostrando postagens de novembro, 2010

pluralidade.

O que me sufoca é a unicidade desse tudo que eu sinto.Esse negro que nos recheia e nos faz reféns.Não queria o eterno,não.Com ele,eu deixaria de viver para sempre.Não quero a beleza sem a força do interno,não.Quero pluralidade.Sim,a pluralidade.Quero-a pendurada nos nossos corpos,na nossa mente vazia.Quero-a simples,mas verdadeira. Quantas mãos me sufocam.Quantos pés em cima dos meus.Cabeças amontoadas na escadaria do prédio baixo,enquanto o lado esquerdo da cidade é livre.Não,não me deixariam fugir.A alma está colada,o movimento da multidão é o meu passo. Eu sobrevivo porque a senhora que dorme no quarto ao lado parece me amar.Ama-me de forma diáfana.Ela recolhe os copos vazios no meu criado-mudo,convida-me para assistir filmes quando meu rosto está úmido.Não pede nada em troca.Se pediu,deve ter feito-o com os olhos de forma que eu,tão cinza,não tenha percebido. Há pouco,o senhor dos olhos verdes foi embora. Foi embora e instigou minha vontade de saber pra onde foi. Intensif