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Minha senhora

Uma manhã nem fria demais, nem quente demais. Uma manhã em que você aparece à porta e diz que é dia. É dia, flores! É dia, flor! Uma manhã em que você abre as cortinas claras, as janelas e convida os raios de um sol acanhado a despertarem-me de um sono sem sonhos ou resquícios de pensamentos acumulados nas quinas do subconsciente. Chama-me de novo que eu acordo para te ver. Levanto-me para ouvir-te, tuas semi-histórias de um dia há pouco iniciado. Para lentamente experimentar um café da manhã sob as nossas viagens e críticas de um mundo nem sequer quisto por nós.  Gostaria, sim, de chegar em casa à noite depois de um dia estupidamente tumultuado e não ter vontade de querer lhe contar. Gostaria de arrancar os pedacinhos de saudade que ocupam espaço nesse quarto já tão apertado. Um porta-retrato exala versos que questionam a felicidade. Felicidade molhada pelas lágrimas rotineiras de domingos? Será mesmo trivial chorar por uma vida distante assim? A senhora que sabe tanto desses caminho