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Mostrando postagens de agosto, 2017

Sobre uma alma deitada ao chão.

Braços erguidos perpendicularmente sobre um tórax úmido. O peso de nossas vidas vivas em direção a essa reticente despejada sobre a terra. Cento e vinte segundos com a intensidade de um beijo de despedida. Seus olhos a esmo pedem clemência por ressurreição ou fim de alívio. Seus olhos traduzem-se em versos que reverberam e transpassam as grades enferrujadas da minha mente, ao passo que aqueles outros negros juram ver o túnel. Encravados sob suas crenças e planos, anunciam a compra da passagem para sentar-se sob a poltrona desse avião miserável. Miserável para nós. Para quem mais?  De fato, lágrimas cristalinas e sorrisos amáveis não têm a potência de uma droga avassaladora nem de membros humildes a tentar solicitar a esse coração que permaneça, sim. Não só basta agir cordialmente. De fato, aquela menina pálida das vísceras curtas pra quem peço um sorriso têm mais náuseas do que forças para ingerir meu colorido por vezes hipócrita. De fato, sobreviver diante de um mar revolto já não