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Mostrando postagens de julho, 2013

uma saudade desconhecida

       O que se descobre quando as teclas do piano velho de casa estão empoeiradas? Quando os grandes e eternos indivíduos da infância mudam de cargo? Talvez descubra-se a asfixiante fluidez do tempo transparente ou a existência de amores estupidamente relativos. Talvez descubra-se o beijo gratuito da humanidade majoritariamente inválida. Os versos da vida parecem crus e simplificados. Sinto como se as extremidades do meu corpo estivessem presas a pontos cruciais da Terra. Meus movimentos são marcas de uma sincronia universal. Meus movimentos? Quero dizer-lhe que o admiro imensamente, quero olhar seus olhos e mostrar-lhe os meus. Observar seu sorriso bem de perto. Quero dizer-lhe que penso em seus discursos penetrantes e incontestáveis. É deveras poético, senhores do mundo. É deveras inútil. Inútil, inútil.      O que se descobre quando a gangorra, o medo da escola e o brinco de ouro tornam-se mastigáveis?Sinto ânsia ao entender ou dar-me conta desse revolucionar em vida. Sinto vontad