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Mostrando postagens de julho, 2010

nosso velho mundo

Pensei durante três dias inteiramente preenchidos sobre a justiça do que somos.Pensei com os olhos em vários ângulos da casa.Pensei sobre a certeza que temos de quem somos,que é nenhuma.Se eu tivesse a certeza de um poder fascinante dos meus olhos,da minha beleza embutida,iria até você e pediria um beijo.Pediria-o sem adição de movimentos,sem a expressão do atraente.Iria ao palco e olharia no interior completo da plateia.A minha certeza é tão escassa que a procuro debaixo da cama em manhãs desestimuladas.Procuro-a na vontade de fazê-lo me querer.Não tenho nada além de uma vontade e de uma inveja para o impossível.Sinto-me frágil.Parece que só estou com a força que fazem atrás de mim.A aventura é disparar no caminho de barro,ir até sua direção,sem nenhuma certeza.Começo a achar que assumir a atitude de ser o que é humano é pedir o beijo,com a alma pura.É não conseguir fazê-lo agora e logo mais,quebrar o vidro com a face.Não pergunto mais o que é ser já que nada em mim silencia quando o

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Acordei com gotas de água na testa e minha visão atingiu dois olhos castanhos.Os dois olhos trouxeram-me chocolate quente e sentaram ao meu lado,na cama.Fitei o par de olhos,sem palavras.Acabara de observar tuas lágrimas acanhadas escorregando do topo da face.Não perguntei.Para quê perguntar?Pranto é irracional,mesmo havendo aqueles que o dizem ser consciente.Quando terminara de beber,pegou a caneca e levou-a.Fiquei sozinha,deitada com o úmido na testa.Até então,não havia me perguntado de onde vinham tais gotas mas a textura fez-me pensar.Os olhos já estavam inchados?Porque se já o estivessem,as gotas seriam as lágrimas.Senão o que seria?Não sei.Resolvi acordar inteiramente,estiquei o corpo e soltei algum som.Coloquei meus pés sobre o chão,foi uma sensação deliciosa ter os pés na madeira gelada depois de uma noite preenchida por pensamentos de novelos.Meu olhos estavam escuros e o remanescente,com aspecto pálido.O par de olhos castanhos apareceu atrás de mim,convidou-me para comer pão