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Cheira a palma da mão e inala a fuligem que compõe teu dia.Vês que tudo tem aspecto envelhecido e desgastado.Os membros que preenchem teu periférico caracterizam-se pela efemeridade, vão aos poucos com a cuidadosa limpeza das marcas.Nossos versos da eternidade desfazem-se como a música que silencia logo sem um final.A música que traz resquícios do sol e dos sentimentos de amor semibreves.O nosso amor é busca inteiramente abstrata.Eles perguntam o que é o líquido proveniente dos olhos,o que é o rubor da face,o que é a vontade de nunca parar.Dize tu à eles que é vida sem imagem formada.Informa tu que não há apoio por aqui,que só há pés de sustentação naturalmente própria.
Os seres de sentimento juram tudo o que possuem,mas o longo certo é que as palavras que os alimentam diluem-se.Começa no sólido e torna ao seu ambiente da água até o fim.O desespero do segundo deixa-nos enfim em agitação do inédito.Animaliza nosso cerne e coloca o amor nas entrelinhas.

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